Já podia ter escrito sobre isto aquando dos outros debates entre os candidatos à presidência americana, mas não tive paciência... o copo transbordou. Com o processo da globalização o mundo está mais pequeno (aliás, os efeitos ocidentais da crise do sub prime americano são a prova disso mesmo), e o avanço cultural dos povos mede-se hoje, como nunca, pela sua capacidade de integração na cultura global, a que todos estamos obrigados, se pretendemos ter uma visão holística do mundo como modo de alcançarmos a excelência individual e colectiva.
Na passada madrugada houve um debate entre os candidatos a vice-presidentes dos EUA. Em Portugal todas as famílias pagam uma taxa de televisão, que está incluída na conta da água ou da luz, e depois há portugueses que pagam um outro serviço televisivo por cabo ou por satélite, que lhes dá acesso a uma panóplia de canais, aonde ontem podiam ter visto o debate americano.
Ontem e, repito, nos dias dos debates entre os candidatos, os portugueses que só pagam a taxa de televisão não puderam ver nada disto porque nem a televisão pública achou que era um serviço público, nem a privada um bom negócio. Nem vou perder tempo a descrever o que estava a dar na televisão portuguesa àquela hora.
Mas há, nestas matérias, um terceiro tipo de portugueses, que vivendo perto da fronteira, pagam a taxa de televisão portuguesa, mas têm acesso à televisão espanhola. E, é claro que, num país que convive de forma muito activa com a globalização (basta ir a Barcelona), faz parte do serviço público de televisão, transmitir em directo estes debates (pena que seja dobrado em castelhano, mas também isso é um serviço público). Em Espanha, ontem, e na noite dos outros debates não foi mais importante um filme do main stream de Hollywood, ou programas que desafiam a inteligência do país, no desígnio nacional de se desvendarem artigos de casa de banho com cinco letras em troca de quinhentos euros! E, acreditem, eles também têm uma televisão fraquinha como a nossa. A questão é outra: o significado de globalização em Espanha é muito diferente do nosso. Têm dúvidas?
Basta ver como eles, ainda ao nível da televisão, se relacionam com as ex-colónias da América do Sul e como nós não fazemos ideia do que se passa numa das mais importantes esquinas da globalização como é o Brasil, ou num país em prometedor desenvolvimento como Angola (se bem que eu para esta, tenho uma explicação: não interessa que se saiba). Parece que a nossa globalização se esgota no pretensiosismo nacionalista e bacoco das Caravelas, do Magalhães e do Vasco da Gama.
Na passada madrugada houve um debate entre os candidatos a vice-presidentes dos EUA. Em Portugal todas as famílias pagam uma taxa de televisão, que está incluída na conta da água ou da luz, e depois há portugueses que pagam um outro serviço televisivo por cabo ou por satélite, que lhes dá acesso a uma panóplia de canais, aonde ontem podiam ter visto o debate americano.
Ontem e, repito, nos dias dos debates entre os candidatos, os portugueses que só pagam a taxa de televisão não puderam ver nada disto porque nem a televisão pública achou que era um serviço público, nem a privada um bom negócio. Nem vou perder tempo a descrever o que estava a dar na televisão portuguesa àquela hora.
Mas há, nestas matérias, um terceiro tipo de portugueses, que vivendo perto da fronteira, pagam a taxa de televisão portuguesa, mas têm acesso à televisão espanhola. E, é claro que, num país que convive de forma muito activa com a globalização (basta ir a Barcelona), faz parte do serviço público de televisão, transmitir em directo estes debates (pena que seja dobrado em castelhano, mas também isso é um serviço público). Em Espanha, ontem, e na noite dos outros debates não foi mais importante um filme do main stream de Hollywood, ou programas que desafiam a inteligência do país, no desígnio nacional de se desvendarem artigos de casa de banho com cinco letras em troca de quinhentos euros! E, acreditem, eles também têm uma televisão fraquinha como a nossa. A questão é outra: o significado de globalização em Espanha é muito diferente do nosso. Têm dúvidas?
Basta ver como eles, ainda ao nível da televisão, se relacionam com as ex-colónias da América do Sul e como nós não fazemos ideia do que se passa numa das mais importantes esquinas da globalização como é o Brasil, ou num país em prometedor desenvolvimento como Angola (se bem que eu para esta, tenho uma explicação: não interessa que se saiba). Parece que a nossa globalização se esgota no pretensiosismo nacionalista e bacoco das Caravelas, do Magalhães e do Vasco da Gama.
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