quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

The Ruins of the Future

Every success harbours the seeds of its own failure. Somewhere in the hubristic peak of what feels like complete accomplishment lurks the complacency, arrogance and absence of doubt that fans the inevitable, all-consuming bonfire of vanities. It's just this kind of raging self-immolation that has cindered the global economic landscape - in days, the terrain completely transformed.

This swiftness of the transformation hits built culture hard. The economic collapse has revealed the world as a place undescribed by the maps and charts we had drawn. Designed for one scenario, buildings find themselves completed in a different landscape, appearing on the skyline like giant mausolea for a failed ideology, or abandoned half-built like freshly minted ruins.

The markets had evolved into hyper sophisticated, super-calibrated, cleverly geared systems whose logics supported an ever-finer kind of abstraction. They became a machine for manufacturing value and growth in vaporous form, decoupled from substance. Their failure is the failure of a particular kind of technological, algorithmically programmed fantasy of abstraction.

History suggests that the construction of the most ambitious architectural projects immediately precedes the deepest economic slumps. And that's exactly what we've seen in progression from the Guggenheim Bilbao to the cities from zero in the Gulf. This headline grabbing architecture has been driven by the logic of the boom. That's to say, the ideology of the global market has been the context for architecture. These projects attempted to turn the flush of cash and credit delivered by fluctuations of abstract systems into something real: a thing or a place. They sprung up in the ruins of industry or were fueled by the fleeting bounty of mineral extraction. And they were designed around the most distracted and least reliable kind of programme: tourism. Each project competing as a destination to max out vacationers credit lines. It's created an architecture of spectacular, hollow unreality: based on unreal money, housing unreal programmes.

This unreality has infused architectural production, often finding resolution in hysterical, liquid, fluid form at audacious scale - the kind of thing recently dubbed 'Parametricism'. (Note: Just as the height of building might be a warning sign of impending turmoil, the articulation of a stylistic manifesto is a sure sign of hubristic overconfidence). Displays of beyond-human formal complexity drop out of the computational design systems employed in the search for exoticism and difference - a difference that was demanded by the market pluralism of ultra capitalism. Appropriately, these projects seem to use the very same kind of tools that has maximized, magnified, and deepened our current financial crisis. If the Modern movement had the abstraction of industry as its reference, millennial architecture had the systemized abstraction of late capitalism.

This union of ideology and form has decoupled in dramatic fashion. The swift disjunction leaves a generation of architecture rendered instantly out of time - as un-possible as Gothic architecture in the Renaissance. These glistening new-ruins are adrift in the landscape of global recession, abandoned like ghost ships, doomed to unknown fates.

Architecture stands as a record of sensations long vanished. Through it we can vicariously experience sensations of vanished cultures. At Versailles we can feel the vanity, excess, and self-glorification of pre-revolutionary France; At Chartres, the soaring, overbearing might and mysticism of medieval religion; At Stonehenge we feel the presence of something than we will never know.

Tomorrows visitors to todays (or yesterdays) iconic buildings will feel the swoosh of volumes, the cranked out impossibility of structure, the lightheadedness of refection and translucencies. They will marvel at buildings that hardly touch the ground, which swoop into the air as though drawn up by the jet stream. They will feel stretched by elongated angles that seem sucked into vanishing points that confound perspective, and will be seduced by curves of such overblown sensuality. And in this litany of affects they will find the most permanent record of the heady liquid state of mind of millennial abstract-boom economics. We might rechristen these freakish sites as museums of late capitalist experience, monuments to a never to be repeated faith in the global market.

in http://www.strangeharvest.com/; Posted by anothersam

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara.

Caríssimos e raríssimos leitores:

Não deixem, por favor, de ir urgentemente a uma sala de cinema perto de vós, para apreciarem um enorme filme, um daqueles filmes que são cinema. Este vosso amigo garante-vos que não é todos os dias (nem todos os anos) que se pode ir ao cinema ver um filme como o Blindness (Ensaio Sobre a Cegueira). A fotografia é irrepreensível, a técnica leva os sentidos ao rubro da cegueira, e a história é uma lição, como sempre foi desde a versão em livro. De facto, só um cego pode considerar estúpida a metaforização do ensaio sobre a cegueira. Mas um cego que vê branco, nunca um que vê preto. Ide, por favor.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

FLESH

Obrigatoriamente a ver

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Shame on you!

Sob o pretexto de que ninguém marca a agenda do PS, senão o próprio – qual Valentim! – hoje, no parlamento chumbou-se a alteração à lei do casamento, que permitiria o casamento entre homossexuais. A agenda… O PS subverte assim aquilo que o pariu, a ele e a todos os outros partidos. A agenda de um partido passa a ser mais importante do que a agenda de pessoas, que, só por não terem as preferências, no caso sexuais e afectivas, da maioria, se vêm privados de serem felizes, por uma questão de AGENDA do PS. AGENDA… Mas será que aquelas pessoas não conseguem entender a razão porque estão lá? A verdadeira, não essa! Eles estão lá porque era necessário criar um fórum representativo do povo que legislasse no interesse de todos. Entretanto convenceram essa gente que estavam lá porque tinham um cartão com uma cor, e sem cor, não havia cartão, e sem cartão não havia lugar, e sem lugar, muitos deles não tinham capacidades para estar em mais lado nenhum àquele nível… E eles como não têm cabecinha para pensar, porque é para isso que lá foram postos, meteram o cartão na ranhura e toca a votar contra, qual rebanho da igreja… Tudo por uma questão de agenda. Então não é que, enquanto estudante na Universidade de Coimbra me ensinaram a respeitar o Martins, porque tinha dado o corpo contra o regime, ao insurgir-se contra o Marcello Caetano e o seu entretanto-desculpado-amigo e ministro Hermano Saraiva na inauguração das Matemáticas? E não é que esse Martins, agora líder da bancada parlamentar se esqueceu do porquê da sua luta, inviabilizando através da disciplina parlamentar o casamento homossexual? Assim sendo, parece-me estúpida a indignação contra a sua prisão na rebelião de Coimbra! Ele estava sujeito a disciplina de opinião, porra! Porque raio é que se foi insurgir? Ah! Já sei… Porque lutava pelos ideais, mas agora já é velho para isso. -Isso é para os jovens… não pensam! Lutar pelos ideais… isso não se compara a uma agenda política. Agenda! Política! Isso é de homem, agora ideais? Vai majé tgabalhag seu pgeguiçoso!


Quero dizer aqui, que poucos me ouvem, que hoje sou homossexual, e hoje este blogue é um blogue gay e lésbico, maricas e paneleiro.

domingo, 5 de outubro de 2008

o poder político e o sulismo

Declaração de interesses: postei isto antes do jogo sporting-porto de logo. É evidente, no final do video, uma relação entre o anti-portismo e o poder instalado no cada-vez-menos-nosso país.... VERGONHA!

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Longe da escala global

Já podia ter escrito sobre isto aquando dos outros debates entre os candidatos à presidência americana, mas não tive paciência... o copo transbordou. Com o processo da globalização o mundo está mais pequeno (aliás, os efeitos ocidentais da crise do sub prime americano são a prova disso mesmo), e o avanço cultural dos povos mede-se hoje, como nunca, pela sua capacidade de integração na cultura global, a que todos estamos obrigados, se pretendemos ter uma visão holística do mundo como modo de alcançarmos a excelência individual e colectiva.
Na passada madrugada houve um debate entre os candidatos a vice-presidentes dos EUA. Em Portugal todas as famílias pagam uma taxa de televisão, que está incluída na conta da água ou da luz, e depois há portugueses que pagam um outro serviço televisivo por cabo ou por satélite, que lhes dá acesso a uma panóplia de canais, aonde ontem podiam ter visto o debate americano.
Ontem e, repito, nos dias dos debates entre os candidatos, os portugueses que só pagam a taxa de televisão não puderam ver nada disto porque nem a televisão pública achou que era um serviço público, nem a privada um bom negócio. Nem vou perder tempo a descrever o que estava a dar na televisão portuguesa àquela hora.
Mas há, nestas matérias, um terceiro tipo de portugueses, que vivendo perto da fronteira, pagam a taxa de televisão portuguesa, mas têm acesso à televisão espanhola. E, é claro que, num país que convive de forma muito activa com a globalização (basta ir a Barcelona), faz parte do serviço público de televisão, transmitir em directo estes debates (pena que seja dobrado em castelhano, mas também isso é um serviço público). Em Espanha, ontem, e na noite dos outros debates não foi mais importante um filme do main stream de Hollywood, ou programas que desafiam a inteligência do país, no desígnio nacional de se desvendarem artigos de casa de banho com cinco letras em troca de quinhentos euros! E, acreditem, eles também têm uma televisão fraquinha como a nossa. A questão é outra: o significado de globalização em Espanha é muito diferente do nosso. Têm dúvidas?
Basta ver como eles, ainda ao nível da televisão, se relacionam com as ex-colónias da América do Sul e como nós não fazemos ideia do que se passa numa das mais importantes esquinas da globalização como é o Brasil, ou num país em prometedor desenvolvimento como Angola (se bem que eu para esta, tenho uma explicação: não interessa que se saiba). Parece que a nossa globalização se esgota no pretensiosismo nacionalista e bacoco das Caravelas, do Magalhães e do Vasco da Gama.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

O verdadeiro prémio Capitão Moura

Isto dos Top´s de vendas fez-me lembrar uma história. Procurei, procurei, procurei, e encontrei. Penso que hoje o nosso bloguezito fica mais rico... é como se passasse à maioridade. Fica a tradução:

stillness of heart - lenny kravitz
sweet child o' mine - sheril crow
carla - ls jack
o segundo sol - cássia eller

avril lavigne - knockin' on heavens door
jquest - só hoje
diana krall - i've got you under my skin
ivete sangalo - somente eu e você

mariah carey - bringin' on the heartbreak
milton nascimento - quem sabe isso quer dizer amor
norah jones - don't know why
kid abelha - nada sei "mp3"

busta rhymes and mariah carey - i know what you want
capital inicial - como devia estar
eminem - sing for the moment
cpm22 - dias atrás


Um outro ponto de vista

A lista dos 10 discos mais vendidos em Portugal:

1. «Death Magnetic» - Metallica
2. «Mamma Mia» - Vários
3. «Terra» - Mariza
4. «The Story» - Brandi Carlile
5. «Best Of: 20 Anos de Canções» - Tony Carreira
6. «Viva La Vida...» - Coldplay
7. «ABBA Gold» - ABBA
8. «Just Girls» - Just Girls
9. «Viva O Verão» - M3
10. «Cocktail» - Irmãos Verdades

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Portugal revela o seu bom gosto

Será que isto o pode motivar a vir cá tocar pra gente?!

"Tuesday 30th September 2008

Chart Positions

Chart positions have come in from around the world for the Live In Gdańsk album: Portugal – 9; UK – 10; Italy – 11; Germany – 12; Switzerland – 14; Holland – 15; Poland – 18; New Zealand – 20; Ireland – 22; Austria – 28; Norway – 34; Belgium – 36."

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

LSDigital

Super Mário

Parece que vem na compra da super nintendo que vai sair no Natal.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

O meu jantar mesmo antes de ir ao forno


Um muito obrigado a esse grande Gilmour das canas de pesca e não só, Rui.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

David Gilmour Fender Stratocaster released

O sabre do Gilmour...



Hoje foi lançada esta maravilha...

"David Gilmour fans, rejoice. In September, Fender will release a guitar based on the legendary Pink Floyd member's classic black Stratocaster. Sadly, Fender is offering no guarantee that the instrument's purchase will get you any closer to playing like Gilmour." (é pena....)

Já nas bancas

"Today is of course the UK release of the Live In Gdańsk album, of which no more need be said, other than it features Richard at his absolute best, playing and singing at the top of his form, and obviously loving every minute of it."



Acho que vai ser necessário organizar um retiro para apreciar todo o esplendor desta obra... Para o "Rebember that Night" funcionou bem ;)

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Understandem?

Pelo menos esforçamo-nos por falar outras linguas...
Ao contrario do que o Mr Roque possa pensar, eu acho esta característica uma pérola do "ser português".



Percebes?! ;)

Apresento-vos o King Sim Yang

À pergunta "Why not learn to play the ACTUAL drums?" de um fã, o nosso King responde:
"Coz the actual one is too loud, expensive and less fun when playing it alone. When using this advanced type of CASIO keyboard we can compose, sythesize and rearrange orchestra-liked music easily. And that's a great deal of fun, isn't it.."

PS: Sim Yang = Sanguião?!

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

The Eternal Gig

Have a Great Gig in The Sky



e antes que me esqueça...

Obrigado por tudo!

terça-feira, 16 de setembro de 2008

A PIOR DAS EFEMÉRIDES

Parece que me cabe a triste tarefa de escrever isto: Senhoras e senhores, uma pessoa a quem posso chamar de amigo morreu esta noite. Senhoras e senhores, o que aconteceu foi que, não é bem um amigo, é uma pessoa que nos ultimos três anos conviveu comigo diariamente "inciting and inviting me to rise", padecia secretamente de cancro e a merda da doença ganhou. Alguém teve o cuidado de me avisar com cautela, mas estas merdas atropelam, não há eufemismos nem gloriosas prosas da sua gloriosa vida que amorteçam uma coisa destas. Senhoras e senhores, como é que alguém imortal pode morrer?! É que nunca me podia ter passado pela cabeça que ele podia morrer! Morrer e pronto, acabou-se. Acabou-se reunião, acabou-se a expectativa de o ver. Acabou-se o desejo de o ouvir varrer as brancas antes do "rabbit run". Acabou-se! Afinal era mentira "no one makes me close my eyes".
Este blogue deve-lhe o nome e em grande parte (em quarta parte) a alma, mas verdadeiramente hoje, mais do que poderá ter feito alguma vez no passado, ou fará alguma vez no futuro, faz o devido sentido. No meu imaginário há um "great gig in the sky", e eu sinto-me chocado por, mais uma vez, não poder participar dele.

Um outro grande amigo junta-se a nós:
"No one can replace Richard Wright. He was my musical partner and my friend.
In the welter of arguments about who or what was Pink Floyd, Rick's enormous input was frequently forgotten.
He was gentle, unassuming and private but his soulful voice and playing were vital, magical components of our most recognised Pink Floyd sound.
I have never played with anyone quite like him. The blend of his and my voices and our musical telepathy reached their first major flowering in 1971 on 'Echoes'. In my view all the greatest PF moments are the ones where he is in full flow. After all, without 'Us and Them' and 'The Great Gig In The Sky', both of which he wrote, what would 'The Dark Side Of The Moon' have been? Without his quiet touch the Album 'Wish You Were Here' would not quite have worked.
In our middle years, for many reasons he lost his way for a while, but in the early Nineties, with 'The Division Bell', his vitality, spark and humour returned to him and then the audience reaction to his appearances on my tour in 2006 was hugely uplifting and it's a mark of his modesty that those standing ovations came as a huge surprise to him, (though not to the rest of us).
Like Rick, I don't find it easy to express my feelings in words, but I loved him and will miss him enormously.

David Gilmour
Monday 15th September 2008


"You hide somewhere, you die somewhere" but "then i will bring you back."
Está prometido.

A triste tarefa está cumprida.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Efeméride de caruncho

Faz hoje 40 anos que o Salazar caiu da cadeira. Agora é normal cair-se de uma cadeira, mas naquele tempo, só o era permitido a pessoas importantes. Acho que aprendí isso nas brilhantes lições de história da minha professora da 3ª classe.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Efeméride

Derivado a motivos, andei há uns meses tentar preceber o que era o Solidariedade e onde era Gdansk. Digamos que andei uns meses à frente do meu tempo, uma vez que tinha poupado trabalho se essa curiosidade me tivesse surgido hoje. Borislaw Geremek, fundador do Solidariedade morreu ontem, num acidente de viação aos 76 anos. Como não há nada que se compare à morte, basta hoje abrir o Público - na verdade não é necessário abrir porque vem na capa - para se saber um pouco mais sobre um dos movimentos sindicais mais marcantes, e ideológicamente mais profundos do século XX. Para a história fica a sua resposta à pergunta de Vaclav Havel sobre a duração da sua permanencia ao lado dos revoltosos: -Até ao fim. - terá respondido.

Fez-se História em Esmeriz

Foi um prazer discutir filosofia musical com este senhor. Será que os milhares de musicas assinadas por ele não o fazem pensar no binómio qualidade/quantidade? E a oportuna questão do objectivo da arte centrada no espectador, como se a criação musical não existisse sem o ouvinte... Alguns dos temas abordados em mais um... surpreendente Sábado à noite. Fica a Patrícia mais rica com a dedicatóra pedida pelo seu apaixonado Diogo. Só uma ultima nota para o sinal que a casa real dá, no apoio à música ligeira, num encontro histórico entre um dos mais distintos representantes da casa real portuguesa e o Rei da música light.

sábado, 12 de julho de 2008

Orgulhosamentente humanos


Finalmente, conseguimos ultrapassar o George Lucas.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Dicionário

"nalunaarasvartateeranngualiugatigiiffissaarsuliulerluallaaraminngooraasinngoog"
Não, não é um virus, é a palavra "Campanário" escrita em gronelandês.

Prof. PVG, faça o favor de entrar

Peço a vossa atenção para o artigo de hoje do Professor Paulo Varela Gomes no Público -P2-, escrito desde Goa, de onde escreve todas as quartas. Posso dar já uma ideia aos seus detractores: então um homem que é pago por Portugal para dirigir a Fundação Oriente em Goa - para defender, valorizar e difundir a cultura Portuguesa - vem dizer: "Não sei se devemos ser espanhóis. Mas devemos - de certeza - querer voltar a ser aquilo que já fomos há muito tempo: como os espanhóis e como a Espanha".
Da minha parte, confirmam-se as certezas de que não podiamos ter a cultura portuguesa em Goa entregue em melhores mãos.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Na torre Eiffel estão 12 estrelas...

A Europa tem hoje duas faces, a das elites (politicas ou financeiras) que vêm vantagens para sí no tratado muito para além do seu texto e do outro lado as pessoas que não sabem ou não querem saber ou que ninguém obriga a saber (onde está a "discussão profunda na sociedade portuguesa" que substituia o referendo Sr. Presidente?), que são a "classe média europeia", o "centro político europeu", o main stream. Agora começam a aparecer os primeiros líderes a aproveitar-se desta segunda face mais populosa. Hoje o mano polaco, Lech Kaczynski, amanhã Václav Klaus da República Checa. Se isto dura mais um ano ainda vamos ter o nosso referendo nas legislativas.

domingo, 29 de junho de 2008

Do outro lado de uma linha

Se me tivessem dado ouvidos, hoje teriamos gasóleo mais barato, salários mais altos, melhores transportes públicos, melhor urbanismo - melhores cidades, melhores cidadãos - e uma grande festa até amanhã de manhã!

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Direito, torto, europeu e autocarro

Para os interessados nas questões do Direito Português - importa não confundir com a direita, o que alteraria radicalmente o público alvo deste post - passo a citar uma fonte sempre segura e reputada, que nos merece toda a credibilidade (leia-se o IP):
Ricardo Quaresma apresentou uma bola de futebol numa conferencia de imprensa, para provar que esteve no Europeu de futebol, respondendo assim a "muita gente que diz que eu nem sequer pus lá os pés", acrescentando que "provas contra mim são só circunstanciais".
Só mesmo para encerrar o capitulo Europeu de futebol (o capitulo Europeu não se fechará por ora) dou nota ainda citando as mesmas fontes que "Apoiantes que empurravam o autocarro da selecção [n.r. seleção dentro de pouco tempo] colocaram-se à frente para serem atropelados", apondando como razões a permanencia de Ricardo e Madail e a partida do Nosso Senhor do Caravaggio. Ai se o Caravaggio sabia, tinha-se reformado cedo...

Thank you Robert!

I really envy Christians
I envy Muslims too
It must be great to be so sure
As I’m talking to a Jew;
He said pray to god for mercy
He said get down on your knees
He said ask him for forgiveness
He said when you do say please (do us a favour)

And I’ve got no one to turn to
When I’m sinking in the ship
I feel so sad and lonely
No one to tell me what to do
He said well I shouldn't grumble
We all have our ups and down
If you just ask him nicely
He'll iron out your frown (I said do us a favour)

And if I don't believe in will power (keep ya hair on)
Self expressions such a fraud
I mean how can I express myself
When there's no self to express
Be serious

Then he put a lid on it
Do us a favour

I really envy Christians (do us a favour)
I envy Muslims too (do us a favour)
It must be great to be so sure (do us a favour)
Probably do want you (do us a favour)
Do us a favour

When I’ve got no one to turn to (do us a favour)
When I’m sinking in the ship (do us a favour)
Feel so sad and lonely (do us a favour)
No one to tell me what to do (do us a favour)
Be serious (do us a favour)
Do us a favour

And I don’t believe in willpower (do us a favour)
Self expressions such a fraud (do us a favour)
How can I express myself (do us a favour)
When there's no self to express (do us a favour)
Be serious (do us a favour)

...the dust... a building... the universe...
Do us a favour

Leave it out

segunda-feira, 16 de junho de 2008

A não perder

Hoje, na TSF, e para sempre em www.tsf.pt, o "Pessoal e Transmissível" (19.00h) é com o Yamandu Costa.

Irlanda, a pedra no sapato

Se o tratado de Lisboa (TL) vai ou não ficar na mesma prateleira da cimeira das Lajes, não sei!
Se essa é a prateleira dos pratos sujos, não me parece que o TL mereça aí ficar (por enquanto).
Veremos se vai tudo ficar em pratos limpos, ou se vão partir a louça toda.

Quer-me parecer que o tratado vai para a frente, nem que se crie uma União Europeia 26+1...

Entretanto, brindemos à Selecção com uma Guiness!

Por falar nisso, vou ter que interromper este post pois vamos em directo para Neuchâtel onde, segundo testemunhas oculares, o Cristiano Ronaldo acabou de se pentear!

sábado, 14 de junho de 2008

Não era a Irlanda um exemplo?

O tratado de Lisboa vai ficar na mesma prateleira da história onde ficou a cimeira das Lages.

terça-feira, 10 de junho de 2008

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Palavras para quê?! é a loucura!

Alturas há, em que mais vale não comentar... deixo-vos com: o grande, o incomparável, o indescritivel...

O filho do recluso!!

terça-feira, 20 de maio de 2008

quarta-feira, 7 de maio de 2008

E claro, a resposta à altura

O 'Jornal de Angola', diário estatal angolano, traz na sua edição de hoje um artigo, em que critica o músico irlandês Bob Geldof, por este ter afirmado ontem, em Lisboa, que Angola é gerida por "criminosos".

O único diário angolano, no seu artigo intitulado "O cómico Geldof e a falsa notícia", publicado no espaço de opinião do jornal, trata o artista por "comediante".

Segundo o jornal, Bob Geldof, convidado pelo Banco Espírito Santo (BES) e pelo Expresso para falar sobre desenvolvimento sustentado, em Lisboa, ao invés disso resolveu "fazer rir a selecta assistência" que o ouvia.

"O convidado de honra do BES e do Expresso começou por fazer rir a selecta assistência que no caríssimo Hotel Pestana de Lisboa o ouvia atentamente, ao afirmar que as casas mais ricas do mundo estão na Baía de Luanda, são mais caras do que em Chelsea e Park Lane", lê-se no artigo.

O jornal ressalta que a afirmação do músico indica que Bob Geldof "não sabe sequer onde fica Luanda e muito menos Angola".

"Bob Geldof ou comportava uma dose excessiva de uísque ou não sabe sequer onde fica Luanda e muito menos Angola. Na Baía de Luanda não há casas...", refere o artigo, que não é assinado.

Mais adiante, o texto refere que "o organizador do Live Aid e do Live 8, no ambiente luxuoso do Hotel Pestana e ante os pobrezinhos do BES ou os proprietários do Expresso, resolveu ser malcriado".

"Bob Geldof é verdadeiro, trata-se daquele espertalhaço que fez concertos rock para matar a fome ao mundo, mandou uns bagos de jinguba para África e o resto foi para outros bolsos mais selectos", escreve o 'Jornal de Angola'.

"O BES também é verdadeiro, tem largos interesses económicos em Angola e, pelos vistos, a sua administração gosta de lidar com criminosos. Pinto Balsemão também é verdadeiro, embora adore vender ilusões", adianta o artigo.

O artigo faz referência ao facto de a notícia ter sido divulgada pela agência noticiosa portuguesa Lusa e de possuir "o seu lado de falsa".

"A falsidade da notícia está no facto de ter reportado que o embaixador angolano, Assunção dos Anjos, abandonou a sala quando o comediante Bob disse que Angola é governada por criminosos", diz o texto. "Na verdade, o embaixador de Angola em Portugal nem sequer estava na sala", acrescenta.

De acordo com o jornal, o artista "fez mesmo a diferença e portou-se como os seus contratadores queriam".

"Pelos vistos o BES, tem que ver quem convida para falar de desenvolvimento sustentado. É que lhe pode aparecer alguém a injuriar governantes estrangeiros", escreve o diário.

"Se um dia alguém o contratar para uma conferência no Hotel Alvalade, em Luanda, o músico vai chamar criminosos aos seus próprios governantes, descendentes de piratas e negreiros e que ainda hoje vivem na opulência à custa dos povos de África ou da Ásia. É tudo uma questão de dinheiro. Mas em Angola ninguém compra farsantes", lê-se.

In Expresso on-line

Hello Bob, ou o triste império desta pátria cada vez menos minha

O músico e activista Bob Geldof afirmou hoje, em Lisboa, durante a conferência sobre Desenvolvimento Sustentável, que Angola é um país "gerido por criminosos". (...) "Angola é gerida por criminosos", acusou o organizador do Live Aid e Live 8. "As casas mais ricas do mundo do mundo estão [a ser construídas] na baía de Luanda, são mais caras do que em Chelsea e Park Lane", apontou, estabelecendo como comparação estes dois bairros luxuosos da capital inglesa. "Angola tem potencial para ser um dos países mais ricos do mundo", frisou Geldof, considerando que aquele país africano tem, designadamente, potencial para "influenciar as decisões da China". (...) "Estamos (os cidadãos europeus) a 12 quilómetros de África", disse Geldof antes de perguntar: "Como podemos não nos questionar?".
Para Bob Geldof, através da capacidade de acção em África, a voz de Portugal pode ser "decisiva na Europa, que por sua vez é ouvida no mundo".
O activista criticou igualmente a postura actual dos países europeus - salientando também aqui o papel de Portugal - face às nações africanas, especialmente nos acordos de parceria económica. "Esta cidade, Lisboa, é a cidade onde se realizou a cimeira UE-África, quando a Europa forçou os países africanos a assinar os acordos de parceria económica", acusou.
"Onde os europeus disseram aos africanos: 'ou aceitam este acordo ou não comerciamos convosco'". "Isto não é sustentável! Isto não é ter uma voz, é estupidez", frisou.

Num comunicado lacónico assinado pelo director do gabinete de comunicação, o BES declara “formal e inequivocamente” que “é totalmente alheio e não se identifica com as afirmações injuriosas” de Bob Geldof sobre o estado de Angola.

Ao tomar conhecimento destas afirmações, a embaixada de Angola em Portugal manifestou o seu “total repúdio” e garantiu que “não deixará de tomar as medidas legais que considere apropriadas para repor a verdade dos factos”.
“A manifesta má fé das palavras proferidas, o teor das mesmas, o desconhecimento do esforço que o Estado Angolano tem vindo a fazer para melhorar as condições de vida das populações” levam a que, “irresponsavelmente, alguém que devia medir bem o peso das suas afirmações coloque em causa a honorabilidade de terceiros”, lê-se num comunicado da representação diplomática, citada pela agência Angop.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Dans le métro à Paris



Já viram que sítio de ensaio porreiro?!
Enquanto vão da torre Eifel para Notre Dame, ensaiam as suas musiquinhas, ganham uns trocos e não incomodam os vizinhos porque estão 100 metros debaixo da terra!
Só imagino...tocar a "Echoes" por aqueles tuneis fora...Um dó tocado nos campos elísios, só respirava na Gare du nord.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Uma data importante

Queridos compatriotas:

Les prometí el pasado viernes 15 de febrero que en la próxima reflexión abordaría un tema de interés para muchos compatriotas. La misma adquiere esta vez forma de mensaje.

Ha llegado el momento de postular y elegir al Consejo de Estado, su Presidente, Vicepresidentes y Secretario.

Desempeñé el honroso cargo de Presidente a lo largo de muchos años. El 15 de febrero de 1976 se aprobó la Constitución Socialista por voto libre, directo y secreto de más del 95% de los ciudadanos con derecho a votar. La primera Asamblea Nacional se constituyó el 2 de diciembre de ese año y eligió el Consejo de Estado y su Presidencia. Antes había ejercido el cargo de Primer Ministro durante casi 18 años. Siempre dispuse de las prerrogativas necesarias para llevar adelante la obra revolucionaria con el apoyo de la inmensa mayoría del pueblo.

Conociendo mi estado crítico de salud, muchos en el exterior pensaban que la renuncia provisional al cargo de Presidente del Consejo de Estado el 31 de julio de 2006, que dejé en manos del Primer Vicepresidente, Raúl Castro Ruz, era definitiva. El propio Raúl, quien adicionalmente ocupa el cargo de Ministro de las F.A.R. por méritos personales, y los demás compañeros de la dirección del Partido y el Estado, fueron renuentes a considerarme apartado de mis cargos a pesar de mi estado precario de salud.

Era incómoda mi posición frente a un adversario que hizo todo lo imaginable por deshacerse de mí y en nada me agradaba complacerlo.

Más adelante pude alcanzar de nuevo el dominio total de mi mente, la posibilidad de leer y meditar mucho, obligado por el reposo. Me acompañaban las fuerzas físicas suficientes para escribir largas horas, las que compartía con la rehabilitación y los programas pertinentes de recuperación. Un elemental sentido común me indicaba que esa actividad estaba a mi alcance. Por otro lado me preocupó siempre, al hablar de mi salud, evitar ilusiones que en el caso de un desenlace adverso, traerían noticias traumáticas a nuestro pueblo en medio de la batalla. Prepararlo para mi ausencia, sicológica y políticamente, era mi primera obligación después de tantos años de lucha. Nunca dejé de señalar que se trataba de una recuperación "no exenta de riesgos".

Mi deseo fue siempre cumplir el deber hasta el último aliento. Es lo que puedo ofrecer.

A mis entrañables compatriotas, que me hicieron el inmenso honor de elegirme en días recientes como miembro del Parlamento, en cuyo seno se deben adoptar acuerdos importantes para el destino de nuestra Revolución, les comunico que no aspiraré ni aceptaré- repito- no aspiraré ni aceptaré, el cargo de Presidente del Consejo de Estado y Comandante en Jefe.

En breves cartas dirigidas a Randy Alonso, Director del programa Mesa Redonda de la Televisión Nacional, que a solicitud mía fueron divulgadas, se incluían discretamente elementos de este mensaje que hoy escribo, y ni siquiera el destinatario de las misivas conocía mi propósito. Tenía confianza en Randy porque lo conocí bien cuando era estudiante universitario de Periodismo, y me reunía casi todas las semanas con los representantes principales de los estudiantes universitarios, de lo que ya era conocido como el interior del país, en la biblioteca de la amplia casa de Kohly, donde se albergaban. Hoy todo el país es una inmensa Universidad.

Párrafos seleccionados de la carta enviada a Randy el 17 de diciembre de 2007:

"Mi más profunda convicción es que las respuestas a los problemas actuales de la sociedad cubana, que posee un promedio educacional cercano a 12 grados, casi un millón de graduados universitarios y la posibilidad real de estudio para sus ciudadanos sin discriminación alguna, requieren más variantes de respuesta para cada problema concreto que las contenidas en un tablero de ajedrez. Ni un solo detalle se puede ignorar, y no se trata de un camino fácil, si es que la inteligencia del ser humano en una sociedad revolucionaria ha de prevalecer sobre sus instintos.

"Mi deber elemental no es aferrarme a cargos, ni mucho menos obstruir el paso a personas más jóvenes, sino aportar experiencias e ideas cuyo modesto valor proviene de la época excepcional que me tocó vivir.

"Pienso como Niemeyer que hay que ser consecuente hasta el final."

Carta del 8 de enero de 2008:

"...Soy decidido partidario del voto unido (un principio que preserva el mérito ignorado). Fue lo que nos permitió evitar las tendencias a copiar lo que venía de los países del antiguo campo socialista, entre ellas el retrato de un candidato único, tan solitario como a la vez tan solidario con Cuba. Respeto mucho aquel primer intento de construir el socialismo, gracias al cual pudimos continuar el camino escogido."

"Tenía muy presente que toda la gloria del mundo cabe en un grano de maíz", reiteraba en aquella carta.

Traicionaría por tanto mi conciencia ocupar una responsabilidad que requiere movilidad y entrega total que no estoy en condiciones físicas de ofrecer. Lo explico sin dramatismo.

Afortunadamente nuestro proceso cuenta todavía con cuadros de la vieja guardia, junto a otros que eran muy jóvenes cuando se inició la primera etapa de la Revolución. Algunos casi niños se incorporaron a los combatientes de las montañas y después, con su heroísmo y sus misiones internacionalistas, llenaron de gloria al país. Cuentan con la autoridad y la experiencia para garantizar el reemplazo. Dispone igualmente nuestro proceso de la generación intermedia que aprendió junto a nosotros los elementos del complejo y casi inaccesible arte de organizar y dirigir una revolución.

El camino siempre será difícil y requerirá el esfuerzo inteligente de todos. Desconfío de las sendas aparentemente fáciles de la apologética, o la autoflagelación como antítesis. Prepararse siempre para la peor de las variantes. Ser tan prudentes en el éxito como firmes en la adversidad es un principio que no puede olvidarse. El adversario a derrotar es sumamente fuerte, pero lo hemos mantenido a raya durante medio siglo.

No me despido de ustedes. Deseo solo combatir como un soldado de las ideas. Seguiré escribiendo bajo el título "Reflexiones del compañero Fidel" . Será un arma más del arsenal con la cual se podrá contar. Tal vez mi voz se escuche. Seré cuidadoso.

Gracias

Fidel Castro Ruz

18 de febrero de 2008

5 y 30 p.m.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Paulo Bento Procura reforços...no Paquistão!!!



Com o Paulo Bento no Paquistão, bem podemos ir a marrocos!!!

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

O expoente da loucura (parte I)




Depois deste momento de intensa actividade intelectual, desafio o caro frequentador deste blogue a deleitar-se com um inesquecível momento da nossa história cultural!
P.S.: As nossas mais sinceras desculpas pela imobilidade da imagem, mas enfim...eram as condições, à data...

Variação de entropia num sistema adiabático

Certos e determinados autores deste blog pensam muito no caso. Como diria um senhor chamado Albert Einstein: "A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original." No fundo se calhar temo que a minha mente se torne tão grande que não consiga passar para o lado europeu de Gibraltar...;)

No caderno que vinha na mala

Nota prévia: O único motivo que me levou a publicar este texto prende-se com a necessidade de fomentar em certos e determinados autores deste blogue uma vontade indomável que se sobreponha as dificuldades de ir até Africa. Sem tais necessidades, podem estar certos, que não o publicava.


Acordo ao som da chamada para a oração, que rapidamente descubro já não ser a primeira nem a segunda chamada. Este é, dizem-me, o único relógio que conta por cá. Olho para o relógio ocidental que trago comigo, uma espécie de teimosia cultural, e já é meio-dia, a hora da terceira oração, o que traduz doze horas de sono reconfortante, fruto da longa e cansativa viagem que nos trouxe de Portugal até Chefchauen em transportes públicos e que começara cerca de 36 horas. Do trajecto já se guardam algumas imagens arrebatadoras como o nascer do dia na transladada Vila Real de Santo António, ou o atravessamento a pé da fronteira Ceuta-Marrocos. Lá, em 500 metros fomos sugados por Africa. Pela primeira vez na vida compreendi o porquê dos autores de viagem darem tanto ênfase às estórias passadas nos atravessamentos de fronteiras. Lá, em 500 metros fomos invadidos na privacidade pelos marroquinos, no nariz pelo cheiro que dizem característico de Africa, nos olhos pelas cores berrantes com que tudo se pinta. De repente, em 500 metros tudo muda, os paradigmas, as crenças, o way of life, as relações e o seu contrário. Sempre fui um céptico do conceito de fronteira, derivado da sua natureza humana, mas há algo que se aprende sobre essa mesma humanidade ao atravessa-la, ao percorre-la a pé, sem artefactos, como se fez durante séculos, sente-se que é naquela artificial linha que se concentram as mudanças e deu-se até o caso de me pôr a pensar que seria muito bom ter uma daquelas linhas de fronteira de civilização, não essas que separam o que está uno, como as da Europa, nas escolas e universidades do meu país.
É no terraço superior da pensão Goa, com vista para toda a vila, encravada numa encosta das montanhas Rif, que recebo esta iniciação a Africa: o cheiro que vem com o vento que escorrega pela montanha abaixo, que se sobrepõe ao cheiro estático da cidade; as casas brancas com porções da sua volumetria pintadas a azul forte, mais umas portas rosa, amarelo, vermelho ou verde, que pintam esta colina construída diante de mim e a fazem transmitir uma alegria difícil de explicar, mas com certeza resultado de mais um passo meu em direcção à Terra, que sinto mais próxima de mim a cada dia que passo em viagem.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Remember when you were young? ;)



Um grande abraço para este grande senhor que vira hoje dois digitos na sua idade!
Em meu nome e dos meus companheiros do blog digo-te:

"Shine on, you crazy diamond"

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Generic_Green

“O domínio construído é a imagem fiel de uma sociedade” - Le Corbusier

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Bons Velhos Tempos

Há fome na China

Generic_Green

“ A arquitectura moderna, surgida para combater o desperdício inútil de decorações artificiais impostas pelo gosto eclético do sec. XVIII, adoptada pelo capitalismo em ascensão para a sua ética de austeridade e simplicidade, transformou-se, paradoxalmente, numa arquitectura do esbanjamento energético, num gigantesco mecanismo de consumo dos recursos limitados existentes na Terra, que, ainda mais, requer a continua renovação do seu efémero património.” – Paolo Portoghesi

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Generic_Green

“ A lição não seria estabelecer uma relação de direito absoluto entre o destino de uma rocha e o de uma casa, mas com muito mais razão, saber que estas rochas que consideramos belas são um milagre de composição celular, verdadeiros palácios microscópicos, calcários, soldados com sílica. E que a natureza é organização em todas as coisas, desde o infinitamente grande até ao infinitamente pequeno. E que o homem sentirá o coração reconfortado e o espírito tranquilizado quando, através das suas obras, for posto em harmonia com o universo, com as leis da Natureza, aonde tudo é nascimento, crescimento, morte e renovação eterna. ” Le Corbusier

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Generic_Green

Porque é que um ninho de pássaros faz parte da "Natureza Natural" e um computador, uma casa ou uma guitarra não faz?

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

yo!!

remeber that night...*

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Let the games begin!!