quinta-feira, 4 de março de 2010

Last Stop

Dia forte em emoções. Sentimentos opostos: o contentamento do dever cumprido com satisfação e a tristeza de deixar o lugar e as pessoas. Até ver.
Voltarei a postar quando encontre de novo uma janela, uma luz, uma sombra, uma cor, uma brisa que o justifiquem. Para já, vou a Lanzarote visitar o mestre e sigo para norte.
O que me sucedeu foi transcendental; tentarei aterrar com cautela, se ainda tenho cautela dentro de mim.

Soy chicharrero para toda la vida.

terça-feira, 2 de março de 2010

arbeit macht frei

Obrigatório. Completamente obrigatório.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Acefalia ideológica

No inicio da entrevista ao Primeiro Ministro Sócrates, Miguel Sousa Tavares levanta uma questão aparentemente paralela a tudo o que se pretendia na altura saber da boca do PMS, mas cuja resposta é um manual do ideário vigente na administração do bem público. Independente de governos e governantes. MST pergunta ao PMS se não se poderiam evitar catástrofes como a da Madeira se não se permitissem PIN's e outros regimes de excepção à ciência do planeamento territorial. O PMS responde primeiramente que não existem ligações entre os assuntos, mas confrontado com um exemplo concreto la acaba por dizer - e aqui é que está o interessante da questão - que o interesse privado não é desprovido de inteligência, pelo que nunca um promotor construiria num sitio onde pudesse ficar com a construção em pedaços por uma intempérie.
Este senhor foi ministro do ambiente. Este senhor é primeiro ministro de um pais. Este senhor acusou os promotores (financeiros e outros) de serem os grandes causadores dos nossos males. Este senhor afirmou várias vezes que os promotores que causaram a crise não têm autoridade moral para vir agora apontar caminhos. Mas, subitamente, este senhor também nos diz que os promotores não são desprovidos de inteligência pelo que nunca se iriam encavalitar nos produtos tóxicos que os acabaram por destruir. Ou encavalitar construções em leitos secos.
Estamos portanto, e mais uma vez, à deriva, sem rumo, sem princípios ideológicos e, pior de tudo, à mercê dos promotores que poderão continuar a jogar na bolsa dos mercados ou na bolha da construção, porque este Estado não servirá seguramente, pelo que nos diz o nosso líder político, para os regular.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

O que tu queres sei eu

O Manuel Pinho da Ibéria Oriental.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

A palhaçada continua

Isto não cabe na cabeça de ninguém.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Informação privilegiada

Dizem-me que a Fugas do próximo fim-de-semana (o suplemento do Público), tem um artigo que deixará muita gente que eu conheço com dor de alma, pela parte de dentro.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

agua, agua e mais agua

Um dia depois a cidade está ainda deserta e coberta de um manto castanho, com cascalho por todo o sitio e sem metro porque os carris saíram do sítio.
Rapidamente regressará a harmoniosa normalidade a Santa Cruz.

o palhaço

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

sábado, 23 de janeiro de 2010

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

A arquitectura saiu à rua

Michael Hanson for The New York Times

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Está tudo doido?!

No dia em que Santana Lopes é condecorado pelo exercício das funções de Primeiro Ministro, por sua excelência o PR, é adiada a votação para o lugar de vice-presidente no BCE que estará destinado a Vítor Constâncio. Ficaram os dois famosos pela sua incompetência, um a executar e o outro a regular, pelo que convém trata-los de forma idêntica.
Em futebolês, no caso de Santana, era como o Benfica dar a águia de ouro ao Artur Jorge. No de Constâncio, era como mandar Vale e Azevedo governar o Manchester.

Segue sem se partir um pratinho que seja na ocidental praia lusitana. Que meninos tão bem-educados!

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

O Panamá não é só um canal

À medida que nos vamos afastando do epicentro da crise vamos tendo uma melhor vista sobre o que a ditou. Fundamentalmente, e acima da desregulação do mercado e outros chavões que se pariram com o estrondo da crise, foi a capacidade de especulação crescente sobre os cereais, a agua e a habitação que provocaram esta crise. Aquela que nos saltou mais à vista foi a especulação imobiliária que precipitou a bolha do sub-prime. Mas se quisermos ser sérios - o que raramente acontece - verificamos que foi o aumento do fosso entre ricos e pobres, causado fundamentalmente pela subida dos bens de primeira necessidade, impulsionado pelo aumento pornográfico da especulação nos mercados de cereais por parte de investidores escorraçados dos mercados petrolíferos, aliado à generalização da privatização da agua, que impediu o aumento constante do império do capital, uma vez que o número de pessoas que detinha a riqueza era cada vez menor. Sem mercado, o crescimento não se pôde manter, e inevitavelmente o império ressentiu-se. [todo o pretérito perfeito usado acima, pode ser presente]
Se é fácil, como acima se comprova, criticar a especulação sobre cereais e agua, não é tão fácil fazê-lo na questão da habitação. Como se sabe, a única forma que conhecemos de garantir a não especulação é não permitir a existência de mercado livre, o que consubstancia, no que toca à habitação uma aberração avermelhada aos olhos de qualquer ocidental. (se bem que na verdade, os argumentos que daí decorrem, se aproximam aos dos republicanos americanos no combate ao serviço nacional de saúde, mas reconheço que são matérias suficientemente distintas para que se não misturem assim tão levianamente).
Ontem estava a ver uma reportagem do Panamá, e explicava um senhor de lá que, em muitas regiões panameñas só podes construir uma casa quando te casas, ou quando cumpres um determinado conjunto de requisitos que geralmente têm a ver com a altura em que deixas a casa dos teus pais. Em vez de luvas brancas, sacos azuis, e outros acessórios-de-moda-seguidos-de-uma-cor, o que tens de fazer para que te licenciem uma casa é, escândalo dos escândalos, necessitares de uma casa.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010