quinta-feira, 22 de outubro de 2009

os últimos dias de richard

Instruções:
1. Carregar em HD e ver em ecrã inteiro.
2. Por uns bons phones
3. Não fazer rigorosamente mais nada durante os 7 minutos
4. No final perguntar: mas que caralho andamos nós aqui a fazer?

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Prateleiras da História

“Tenho vergonha de o ter como compatriota! Ou julga que, a coberto da liberdade de expressão, se lhe aceitam todas as imbecilidades e impropérios?”
Eurodeputado do PPE eleito pelas listas do PSD de Portugal Mário David

Também eu senhor deputado. Também eu tenho vergonha de o ter a si como excelentíssimo e digníssimo representante de um conjunto de portugueses no parlamento europeu, que mais ainda merece reverência da nossa humilde parte uma vez que não só foi eleito entre os portugueses como também pelos demais povos da união, através dos subsistemas da democracia europeia, chegando mesmo a vice-presidente PPE. É isso mesmo, não me envergonha que seja vossa excelência português, até porque não é lá grande elogio que se faça a uma pessoa nesta altura do campeonato. O problema reside na sua digníssima missão política. Doravante, qualquer português que diga que um livro de Bocage é um manual de perversão sexual e moral, terá de ter o mesmo tratamento que Saramago teve da sua excelentíssima parte: fogueira com o cartão do cidadão que se atreveu a proferir imbecilidades e impropérios ao questionar a versão oficial, regimentar e escolar do livro. A sua fulgurante carreira política tem agora uma pequena impossibilidade: jamais vossa excelência poderá ocupar o cargo de ministro da administração interna de um governo de Portugal. É que não será difícil de imaginar o belo resultado de uma passagem de vossa excelência pelo ministério da administração interna, cargo que, para bem da sobrevivência da nação portuguesa estará vossa excelência vedado a exercer a partir de agora.
É exactamente aqui que reside o problema: o sr. deputado tem responsabilidades políticas, o escritor Saramago tem responsabilidades artísticas.
Não se lhe pedia que conhecesse a fundo a historia dos políticos que queimaram, atrocidaram, condenaram ou excomungaram livros e seus autores por verem na expressão artística uma ameaça ao exercício da política. Mas é revelador que o sr. deputado queira ficar na prateleira da história onde jaz Sousa Lara.
Para terminar com bom-humor, e porque o sr. deputado Mário fez questão de esclarecer que é cristão não-praticante, espero que essa sua aos-meus-olhos-lamentável-e-incompreensível indefinição religiosa de ser um cristão que não pratica cristo, não se estenda à sua vida profissional e que seja o senhor deputado um deputado não praticante, um vice-presidente do PPE não praticante, um social-democrata não praticante e por aí adiante.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Convocatória

Convoco todos para a recolha de comentários, favoráveis e desfavoráveis, sobre a polémica aqui levantada pelo Morpheu sobre o Caím do Saramago. Este repto deve-se à minha vontade de mostrar o que se vai escrevendo sobre esta matéria aos meus netos. Se acaso não os tiver, mostrarei aos vossos. Prometo.
Para nao sobrecarregar a pagina principal do blogue, pedia que se postasse como comentário ao post "Escritos", anterior a este.

Escritos

"Al tercer día de viaje, abraham vio de lejos el sitio señalado. Les dijo entonces a los criados, Quedaos aquí con el burro que yo voy hasta más arriba con el niño para adorar al señor y después regresaremos hasta sonde estáis. Es decir, además de ser tan hijo de puta como el señor, abraham era un refinado mentiroso(...)".

José Saramago no livro Caín (versão castelhana por Pilar del Rio) à pagina 89.

domingo, 18 de outubro de 2009

José Saramago afirmou que “a Bíblia é um manual de maus costumes, um catálogo de crueldade e do pior da natureza humana”. Sobre o livro Caim, que é apresentado hoje a nível mundial, o escritor defendeu que “na Igreja Católica não vai causar problemas porque os católicos não lêem a Bíblia". Mas admitiu que poderá gerar reacções entre os judeus.

“A Bíblia passou mil anos, dezenas de gerações, a ser escrita, mas sempre sob a dominante de um Deus cruel, invejoso e insuportável. É uma loucura!”, criticou, em Penafiel, numa entrevista à agência Lusa, o Nobel da Literatura de 1998, para quem não existe nada de divino na Bíblia, nem no Corão.

“O Corão, que foi escrito só em 30 anos, é a mesma coisa. Imaginar que o Corão e a Bíblia são de inspiração divina? Francamente! Como? Que canal de comunicação tinham Maomé ou os redactores da Bíblia com Deus, que lhes dizia ao ouvido o que deviam escrever? É absurdo. Nós somos manipulados e enganados desde que nascemos!” afirmou.

Saramago sublinhou que “as guerras de religião estão na História, sabemos a tragédia que foram”. E considerou que as Cruzadas são um crime do Cristianismo, porque morreram milhares e milhares de pessoas, culpados e inocentes, ao abrigo da palavra de ordem "Deus o quer", tal como acontece hoje com a Jihad (Guerra Santa). Saramago lamenta que todo esse “horror” tenha feito em nome de “um Deus que não existe, nunca ninguém o viu”.

“O teólogo Hans Kung disse sobre isto uma frase que considero definitiva, que as religiões nunca serviram para aproximar os seres humanos uns dos outros. Só isto basta para acabar com isso de Deus”, afirmou.

O escritor criticou também o conceito de inferno: "No Catolicismo os pecados são castigados com o inferno eterno. Isto é completamente idiota!”.

“Nós, os humanos somos muito mais misericordiosos. Quando alguém comete um delito vai cinco, dez ou 15 anos para a prisão e depois é reintegrado na sociedade, se quer”, disse.

“Mas há coisas muito mais idiotas, por exemplo: antes, na criação do Universo, Deus não fez nada. Depois, decidiu criar o Universo, não se sabe porquê, nem para quê. Fê-lo em seis dias, apenas seis dias. Descansou ao sétimo. Até hoje! Nunca mais fez nada! Isto tem algum sentido?”, perguntou.

“Deus só existe na nossa cabeça, é o único lugar em que nós podemos confrontar-nos com a ideia de Deus. É isso que tenho feito, na parte que me toca”.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

AUTÁRQUICAS 2009

No rescaldo da noite eleitoral, estou ainda de cabeça muito quente para falar sobre as eleições...contudo, n podia deixar de marcar a data!
Sem surpresas nas grandes câmaras do país, vou referir-me ao caso de famalicão - sem comentar as eleições, repito!
De facto, independentemente do que, a nível político, possa vir a significar a reeleição de Armindo Costa, é mais forte do que eu a necessidade de - por este e outros meios e sempre imbuído do espíritico antidemocrático que me caracteriza - apontar uns dedos de responsabilização...!!
Assim, deixo aqui o meu profundo pesar pela mentalidade de toda a gente que se vai dando ao luxo de manter a "coligação psd-pp" na Câmara de Famalicão...e isto serve não apenas para todos aqueles que votaram na coligação, mas para a generalidade das pessoas que se escusou a votar na única alternativa...enfim, a velha história do voto útil!!
Fica um forte abraço a todos os que, uma vez mais, me (ou nos) sujeitam a este trise fado...!!

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Nobel da Paz para Barack Obama

Há duas maneiras de entender este prémio. Um apoio aos afrontamentos que Obama tem feito ao lobby judaico, ou um apoio à esquerdização pacificadora dos Estados Unidos da América. Em qualquer das duas hipóteses, é bem atribuído. É acima de tudo, politicamente muito útil para quem o recebe. A academia propõe-se assim (e já não é a primeira vez) a usar os prémios pro-activamente, em vez de serem prémios apenas de reconhecimento. Já tiveram dissabores no passado. Eu prefiro assim.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Nobel da Literatura

Este ano, diz-se do Nobel da Literatura que escreve numa língua exótica. Será o português uma língua exótica? Agustina e Lobo Antunes são os portugueses capazes. Mais a primeira do que o segundo. No fim do almoço ja saberemos.

Actualização

Herta Müller
Afinal a língua exótica era o Alemão. Mais um Nobel profundamente político, critico da igreja mas também de certos comportamentos da esquerda radical.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Memória Futura

Para que jamais se esqueça este soberbo golo de um tal Falcao. Porto 2 - Atletico de Madrid 0