quarta-feira, 21 de maio de 2008

Palavras para quê?! é a loucura!

Alturas há, em que mais vale não comentar... deixo-vos com: o grande, o incomparável, o indescritivel...

O filho do recluso!!

terça-feira, 20 de maio de 2008

quarta-feira, 7 de maio de 2008

E claro, a resposta à altura

O 'Jornal de Angola', diário estatal angolano, traz na sua edição de hoje um artigo, em que critica o músico irlandês Bob Geldof, por este ter afirmado ontem, em Lisboa, que Angola é gerida por "criminosos".

O único diário angolano, no seu artigo intitulado "O cómico Geldof e a falsa notícia", publicado no espaço de opinião do jornal, trata o artista por "comediante".

Segundo o jornal, Bob Geldof, convidado pelo Banco Espírito Santo (BES) e pelo Expresso para falar sobre desenvolvimento sustentado, em Lisboa, ao invés disso resolveu "fazer rir a selecta assistência" que o ouvia.

"O convidado de honra do BES e do Expresso começou por fazer rir a selecta assistência que no caríssimo Hotel Pestana de Lisboa o ouvia atentamente, ao afirmar que as casas mais ricas do mundo estão na Baía de Luanda, são mais caras do que em Chelsea e Park Lane", lê-se no artigo.

O jornal ressalta que a afirmação do músico indica que Bob Geldof "não sabe sequer onde fica Luanda e muito menos Angola".

"Bob Geldof ou comportava uma dose excessiva de uísque ou não sabe sequer onde fica Luanda e muito menos Angola. Na Baía de Luanda não há casas...", refere o artigo, que não é assinado.

Mais adiante, o texto refere que "o organizador do Live Aid e do Live 8, no ambiente luxuoso do Hotel Pestana e ante os pobrezinhos do BES ou os proprietários do Expresso, resolveu ser malcriado".

"Bob Geldof é verdadeiro, trata-se daquele espertalhaço que fez concertos rock para matar a fome ao mundo, mandou uns bagos de jinguba para África e o resto foi para outros bolsos mais selectos", escreve o 'Jornal de Angola'.

"O BES também é verdadeiro, tem largos interesses económicos em Angola e, pelos vistos, a sua administração gosta de lidar com criminosos. Pinto Balsemão também é verdadeiro, embora adore vender ilusões", adianta o artigo.

O artigo faz referência ao facto de a notícia ter sido divulgada pela agência noticiosa portuguesa Lusa e de possuir "o seu lado de falsa".

"A falsidade da notícia está no facto de ter reportado que o embaixador angolano, Assunção dos Anjos, abandonou a sala quando o comediante Bob disse que Angola é governada por criminosos", diz o texto. "Na verdade, o embaixador de Angola em Portugal nem sequer estava na sala", acrescenta.

De acordo com o jornal, o artista "fez mesmo a diferença e portou-se como os seus contratadores queriam".

"Pelos vistos o BES, tem que ver quem convida para falar de desenvolvimento sustentado. É que lhe pode aparecer alguém a injuriar governantes estrangeiros", escreve o diário.

"Se um dia alguém o contratar para uma conferência no Hotel Alvalade, em Luanda, o músico vai chamar criminosos aos seus próprios governantes, descendentes de piratas e negreiros e que ainda hoje vivem na opulência à custa dos povos de África ou da Ásia. É tudo uma questão de dinheiro. Mas em Angola ninguém compra farsantes", lê-se.

In Expresso on-line

Hello Bob, ou o triste império desta pátria cada vez menos minha

O músico e activista Bob Geldof afirmou hoje, em Lisboa, durante a conferência sobre Desenvolvimento Sustentável, que Angola é um país "gerido por criminosos". (...) "Angola é gerida por criminosos", acusou o organizador do Live Aid e Live 8. "As casas mais ricas do mundo do mundo estão [a ser construídas] na baía de Luanda, são mais caras do que em Chelsea e Park Lane", apontou, estabelecendo como comparação estes dois bairros luxuosos da capital inglesa. "Angola tem potencial para ser um dos países mais ricos do mundo", frisou Geldof, considerando que aquele país africano tem, designadamente, potencial para "influenciar as decisões da China". (...) "Estamos (os cidadãos europeus) a 12 quilómetros de África", disse Geldof antes de perguntar: "Como podemos não nos questionar?".
Para Bob Geldof, através da capacidade de acção em África, a voz de Portugal pode ser "decisiva na Europa, que por sua vez é ouvida no mundo".
O activista criticou igualmente a postura actual dos países europeus - salientando também aqui o papel de Portugal - face às nações africanas, especialmente nos acordos de parceria económica. "Esta cidade, Lisboa, é a cidade onde se realizou a cimeira UE-África, quando a Europa forçou os países africanos a assinar os acordos de parceria económica", acusou.
"Onde os europeus disseram aos africanos: 'ou aceitam este acordo ou não comerciamos convosco'". "Isto não é sustentável! Isto não é ter uma voz, é estupidez", frisou.

Num comunicado lacónico assinado pelo director do gabinete de comunicação, o BES declara “formal e inequivocamente” que “é totalmente alheio e não se identifica com as afirmações injuriosas” de Bob Geldof sobre o estado de Angola.

Ao tomar conhecimento destas afirmações, a embaixada de Angola em Portugal manifestou o seu “total repúdio” e garantiu que “não deixará de tomar as medidas legais que considere apropriadas para repor a verdade dos factos”.
“A manifesta má fé das palavras proferidas, o teor das mesmas, o desconhecimento do esforço que o Estado Angolano tem vindo a fazer para melhorar as condições de vida das populações” levam a que, “irresponsavelmente, alguém que devia medir bem o peso das suas afirmações coloque em causa a honorabilidade de terceiros”, lê-se num comunicado da representação diplomática, citada pela agência Angop.