sexta-feira, 29 de maio de 2009
Benicio del Toro
In IOL Portugal Diário
Compreende-se. Depois de "Fear and Loathing in Las Vegas", uma cena com folhas de coca podia pôr o mundo a pensar que o Benicio é um grande drogado.
O Desencanto Segundo Saramago
José Saramago in DN de 29 de Maio de 2009
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Ibéria Cristã
"El cardenal pide perdón por los abusos a menores en escuelas católicas irlandesas pero las compara con 'los millones de vidas destruidas' por el aborto" com o título "Cañizares considera el abuso sexual nenos grave que el aborto" e que "El arzobispado de Madrid dice que 'al desligar sexo y matrimonio' 'deja de tener sentido' verlo [a violação] como delito" com o títuo "¿Y despenalizamos la violación?."
As igrejas oferecem um modo e uma filosofia de vida. Começa a ser urgente que as pessoas que partilham essa filosofia se sintam responsáveis por ela, ou pelo menos pela sua perpetuação.
De génio
Alberto João Jardim questionado sobre a sondagem que aponta para um empate técnico entre PSD e PS para as eleições europeias, começou por dizer que não comenta sondagens e que «de empates estou eu farto no Marítimo".
Fonte "http://www.margensdeerro.blogspot.com/"
terça-feira, 26 de maio de 2009
Protesto!
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Viva a preguiça!
In "O Público on-line"
Disparate pegado. O senhor Presidente, em vez de estar a fazer de paizinho da nação infantil e irresponsável, deveria ter feito de paizinho da assembleia da república infantil e irresponsável (a assembleia e a república) e já devia ter obrigado o governo e os deputados a elaborarem um sistema de voto electrónico (não somos nós os pioneiros das tecnologias?! plano tecnológico e magalhães...). Mas que raio de concepção de democracia é esta, em que os deputados faltam às votações para irem de férias e as pessoas faltam às férias para irem a votos, quando as pessoas podem votar em férias, e os deputados parece que estão de férias quando votam?
Começou assim a encenação que sempre se leva a cabo nestas alturas, para que se encontrem os culpados pela abstenção. Esta tarefa cabe por inerência do cargo ao Presidente da República, que continua a preferir meter a cabeça na areia fazendo de conta que acredita que a abstenção se vai dever à praia e ao sol. A praia e o Sol já o eram muito antes da democracia e da república! E a abstenção é uma mensagem tão clara, como o é o voto no partido X ou o voto em nenhum dos partidos. Devia ser.
sábado, 23 de maio de 2009
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Pelo menos "PS: O Poder da Alteração"...
Há tempos andei a fazer um inquérito, sem qualquer tipo de valia científica, em que perguntava às pessoas que me rodeavam qual era o slogan de cartaz político que primeiro lhes vinha à cabeça. A maioria respondia "a força da mudança". A pergunta devia-se a um cartaz de um candidato à Câmara de Famalicão, que me pareceu revelador do deserto de ideias que ocupa as campanhas autárquicas em Portugal: nem para o slogan há ideias.
Hoje abro O Público on-line e eis que Sócrates resolve anunciar o que pensa: "PS: A Força da Mudança"
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Manual de boas práticas públicas
In "Vitruvio, Tratado de Arquitectura" Livro X, 1
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Já no Sec. I Antes de Crist[ian]o
Que utilidade tem para os homens o facto de Milao de Crotona ter sido invencível nos jogos ou que outros tenham do mesmo modo sido vencedores, a nao ser o de serem famosos entre os seus concidadãos enquanto viveram? Todavia, os ensinamentos de Pitágoras, Demócrito, Platão, Aristóteles e outros sábios produzem frutos sempre frescos e florescentes, com estudo quotidiano e contínua procura, não só pelos seus concidadãos como também por toda a Humanidade. Graças a eles, todos os que desde tenros anos se saciam com esta abundância de doutrinas revelam a maior sensibilidade pelo conhecimento, legislam para os cidadãos regras da Humanidade, direitos iguais e leis sem as quais nenhum Estado pode manter-se incólume.
in "Vitruvio, Tratado de Arquitectura" Livro IX, 1 e 2
terça-feira, 19 de maio de 2009
Adenda ao último post
A substância da pergunta, no entanto, mantém-se: como cabem as duas notícias na mesma república?
segunda-feira, 18 de maio de 2009
¿país, qual país?
1.Luís Amado defende Lopes da Mota no Eurojust (notícia inteira)
2.Professora de Espinho suspensa por alegada conversa sobre orgias na sala de aula (notícia inteira)
Foram ambos alvo de processos disciplinares e aguardam que se decida das suas culpas. Na escola não pode estar um professor que possivelmente tenha falado de poligamia, no seu termo mais popular, mas no Eurojust pode estar quem tenha possivelmente condicionado a justiça no exercício do cargo que desempenha. Ambos podem reincidir, mas antes um país injusto do que poligâmico!
ÁGUAS QUE CURAM O ALCOOLISMO
Ó homem do campo, quando a sede te entorpece
ao meio-dia junto dos teus rebanhos,
ao chegares às fronteiras de Clitor
retira a cobertura da minha fonte
e entre as ninfas aquáticas faz suster todo o teu rebanho!
Não deites, todavia, água sobre tua pele,
para que a aura de uma agradável embriaguez
não te atinja quando ela te submergir;
deixa, pois, esta fonte inimiga da vinha,
onde Melampo, depois de ter salvo as Prétides da sua loucura,
submergiu totalmente o secreto instrumento do sacrifício,
ao mesmo tempo qe, a partir de Argos,
elas se dirigiam para os montes da rochosa Arcádia.
in "Vitrúvio, Tratado de Arquitectura" livro VIII, 21
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Um choque cultural por 1,20€
Já que não havia sono para la siesta, fui explanar para uma rambla perto de casa - tipo Av. 25 de Abril em Famalicão, mas com a placa central a servir para alguma coisa, como é obvio (!) – munido de um El País comprado num dos quiosques que a pontuam. Ao cabo da página 2 já me estava a recordar do que disse ao Ruca em terras limianas, depois de um sarrabulho, durante uma discussão sobre a diferença que na altura pensava existir entre a integração na globalidade de Portugal e Espanha: “É mais verdadeiro quem vive em verdade com o seu tempo, e num tempo Global a relação dos media de nuestros hermanos com as suas ex-colónias ou com as esquinas da globalização quando comparada com os nossos, é uma forma eficaz de medir a verdade em que o povo vive.”
Lembro-me na altura de ter dado o exemplo do tratamento dos debates presidenciais americanos (em Espanha passaram em directo, com mesas redondas antes e depois, apesar de ser uma da manha, enquanto a nossa televisão dava uma novela brasileira ou dinheiro a quem acertasse numas palavras cruzadas absurdas) e da frequência que os assuntos da comunidade que fala o castelhano são abordados nos telediarios.
Voltando à página 2 do El País, escreve-se em título: “Chávez lanza su revolución cultural” desenvolvendo-se o tema do novo Plan Revolucionario de Lectura que pretende dar seguimento ao Programa de Alfabetización que reduziu o analfabetismo de maiores de 15 anos de 9% para 6% e que irá pôr a população a ler material ideológico-político, de Bolívar a Simon Rodriguez, de Orlando Araújo a Ludovico Silva e claro de Chavez a Che. Na notícia, louva-se quando é louvável e reprova-se quando é reprovável, como deveria acontecer em qualquer país ocidental.
Na página 3 fala-se da Guatemala, onde o Presidente Colom ao que parece mandou matar el abogado Rosenberg que iria denunciar corrupção na administração Colom, que se recusa a demitir apesar da pressão de que está a ser alvo, principalmente depois desta página 3 ter sido escrita.
Papa no Médio Oriente, Barack Obama em Guantânamo e a nomeação de um hispânico para secretario para a America Latina, Berlusconi e a imigração, Gordon e a pouca vergonha parlamentar, Índia e as eleições e por aí adiante.
À página décima segunda chegamos a Espanha e à bela Sonsoles Zapatero.
Chego à página 32 e dou com um caderno central composto por artigos do New York Times, traduzido, por supuesto. A última parte do jornal trata de assuntos maioritariamente europeus e de cultura nacional e internacional.
Mas será que alguém em Portugal faz puto de ideia sobre o que pensa, de bem e de mal, o Movimento dos Sem Terra no Brasil, sobre a corrupção e os que morrem por ela em Angola, ou o que pensam os intelectuais em Times Square, quando se compra O Público? De Times Square, ou de lá perto, sabe-se do orgulho lusitano de um cão que habita a casa branca; de Angola sabe-se que o Eduardo dos Santos é espectacular e que faz tudo bem (pelo menos enquanto a filha der de comer ao banqueiros e construtores lusos), e do MST sabe-se que partem umas coisas de vez em quando, ou que escreve uns artigos e uns livros.